"Dizem que a motivação não dura. Bem, o banho também não. Por isso ele é recomendado com freqüência." (Zig Ziglar)

domingo, 22 de março de 2009

Auto-hipnose

Auto-hipnose de Betty Erickson

Por Virgilio Guimarães
Use o poder da sua mente inconsciente para atingir objetivos pessoaisA estratégia abaixo é útil para se conseguir resultados comportamentais variados (você é que define quais serão). Já foi usada por muitas pessoas com sucesso, inclusive por mim. Não é estritamente necessário conhecer os "porquês" para que a técnica funcione, é suficiente o faça-e-descubra, mas de qualquer maneira, seguem alguns esclarecimentos.
Hipnose é um estado de atenção focalizada e concentrada. Entrar em hipnose envolve tirar sua atenção da experiência externa e direcioná-la internamente. E tipicamente, ao processar informação, privilegiamos um sistema representacional, que pode ser visual, auditivo ou cinestésico (sensações). Um "estado alterado" de consciência ocorre quando você processa informação fora desse seu sistema de representação primário.
Dois pressupostos ou crenças fundamentam esta técnica. A primeira é que o entendimento da mente consciente não é necessário para se efetuar uma mudança. Evidência disto são as várias coisas que aprendeu quando criança, como andar, falar e assobiar. O segundo é que você pode confiar na sua mente inconsciente. Para que você também acredite nisto, sugiro que teste essa afirmação na prática: faça de conta por alguns minutos que é verdade e veja o que acontece!
Vamos aos passos da auto-hipnose:
1) Posição confortável – Ache uma posição que você possa manter facilmente pelo tempo da prática. Pode ser deitado ou sentado, embora sentado seja melhor para evitar que você durma. Centre-se olhando direto à frente e respirando lenta e facilmente. Relaxe.
2) Tempo – Determine o tempo que pretende levar e faça uma declaração sobre isto, como "Eu vou entrar em auto-hipnose por 15 minutos..." (você se surpreenderá ao descobrir como seu "relógio interno" pode controlar o tempo para você).
3) Propósito – Faça uma segunda declaração para si mesmo sobre seu propósito ao entrar em auto-hipnose. Neste propósito, nós permitimos à mente inconsciente trabalhar no assunto, ao invés de dar sugestões abrangentes, assim nossa declaração de propósito deve refletir este fato. Diga: "...para o propósito de permitir à minha mente inconsciente fazer os ajustes apropriados para auxiliar-me em______." Preencha o espaço com o que você quer obter, como "Acreditar mais que posso levar a cabo aquele projeto" ou "Aceitar mais a Fulana como ela é." ou "assistir as aulas de Química com mais motivação e prazer". (mais importante que as palavras é o fato de que você está transferindo este processo para a sua mente inconsciente)
4) Estado de saída – Faça uma declaração final a si mesmo sobre como você quer estar quando completar o processo. Tipicamente, em hipnose, ouvimos a idéia de que você deve voltar sentindo-se "acordado, alerta e renovado", mas no mundo real isto pode não ser o que você quer. Por exemplo, se vai fazer sua auto-hipnose antes de dormir, você pode preferir retornar "relaxado e pronto para dormir", ou pode preferir nem retornar e deixar que sua inteligência inconsciente trabalhe na questão a noite inteira. Se vai fazê-la antes de trabalhar, pode querer retornar "motivado e cheio de energia". Simplesmente diga para si mesmo "... e quando terminar, eu vou me sentir_____"
5) Atenção externa - A partir desta etapa, você entra em um ciclo de direcionamento da atenção. Comece, de olhos abertos, prestando atenção a três coisas visuais, uma de cada vez. Faça uma pausa (algo entre 3 e 5 segundos) em cada uma. Prefira pequenas coisas, como uma marca na parede, uma maçaneta, o canto de um quadro. Se quiser, dê os nomes: "Eu estou olhando o parafuso da dobradiça da porta" ou "Eu estou vendo aquela coisa ali".Em seguida, direcione a atenção para seu canal auditivo e note, uma a uma, três coisas que você ouve (isto permite que os sons do ambiente sejam incorporados, ao invés de distraírem).Agora atente para o corpo e note três sensações corporais, também uma de cada vez. Vá devagar de um ao outro. Busque aquelas sensações que normalmente você não nota, como o peso dos óculos, a sensação do relógio de pulso, a textura da blusa.Continue o processo com dois visuais, dois auditivos e dois cinestésicos.Ainda lentamente, faça o mesmo para um visual, um auditivo e um cinestésico.
6) Atenção interna - Feche os olhos. Traga uma imagem à sua mente. Você pode construir uma ou simplesmente usar uma que vier. Pode ser um ponto de luz, uma praia bonita ou uma pizza. Se nada vier, sinta-se livre para "por algo lá". Se preferir, dê um nome à imagem.Faça uma pausa e deixe que um som venha à sua percepção ou crie um e dê um nome a ele. Se ouvir um som no ambiente, pode usá-lo se preferir.Agora, torne-se consciente de uma sensação e dê um nome a ela. É preferível fazer isto internamente – use sua imaginação. Por exemplo, sentir o sol de verão aquecendo um braço, água fria molhando os pés, a sensação de dois dedos se tocando. Novamente, se uma sensação física chamar sua atenção, use-a.Repita o processo com duas imagens, dois sons e duas sensações, sempre uma de cada vez.Novamente, com três imagens, três sons, e três sensações.
7) Completando o processo – Se você executar a seqüência acima antes do tempo estabelecido, o que é normal, você pode continuar com 4 imagens, sons, sensações, depois 5 e assim por diante. Outra coisa que costumo fazer é simplesmente ficar prestando atenção na respiração e apenas observando eventuais pensamentos. Algo assim como uma espera tranqüila.Não é incomum "sair do ar" ou perder a consciência durante o processo. Algumas pessoas em princípio acham que dormiram, mas em geral você se verá voltando automaticamente ao fim do tempo que estabeleceu. Isto é uma indicação de que você não estava dormindo e que sua mente inconsciente estava fazendo o que você pediu.
Como quando definiu suas metas, no início, confie que sua mente inconsciente está trabalhando para você em segundo plano enquanto você está executando o processo. Não duvidar já é um bom começo!

Publicado no Portal CMC

terça-feira, 17 de março de 2009

O que é e o que não é Hipnose:

O que é, e o que não é a HIPNOSE aplicada à terapia psicológica:

Os Terapeutas e Hipnólogos Clínicos, que tivemos nossa experiência clínica previa dentro da Psicologia, e logo aprendemos o modo terapêutico de aplicar as técnicas da hipnose em nosso trabalho com pacientes, estamos muito acostumados que as pessoas venham ao consultório e nos comentem inúmeras vezes sobre o que eles esperam de nós em nossa prática clínica, e o que esperam eles desse feito (E não são poucas as vezes que são idéias falsas, preconceitos, temores e desconhecimento). É muito comum e generalizada a crença de que com a hipnose se pode alcançar êxitos milagrosos e imediatos, quer dizer, as pessoas pensam assim, se colocam diante de nós terapeutas, contando-nos seus problemas, e crêem que com nossa mágica e olhar poderoso curemos suas dores, patologias, o modo de existir que os fazem infelizes e etc.

Estas sensações de mal-estar que estão em sua existência e, que em muitos casos os acompanharam por muitos anos em suas vidas, é nesse momento, em que estão diante de nós, expondo seus problemas quando dizem e afirmam estarem nesse momento buscando nossa ajuda, mas não de modo lógico e terapêutico, senão, esperando de nós um milagre, o “milagre”, quer dizer, nos expõem suas dores e nos colocam no lugar “desse bruxo mágico” que fantasticamente possa mudar suas vidas em “um piscar de olhos”.

Isso que para alguns que estão lendo essas linhas pode parecer absurdo e fruto de minha imaginação agora, não é tal como parece, e lhes digo que é muito comum que isso ocorra no consultório.

Acredito que nesta equivocação influiu uma porcentagem grande de quem praticava a chamada “hipnose de circo”, “hipnose de cena”, e mostravam que era possível conseguir que uma pessoa perdesse totalmente a consciência e estivesse à mercê do hipnotizador, que ele pudesse fazer com ela ou ele o que bem entendesse nesse momento, e muitas vezes fazê-la realizar atos ridículos e até vergonhoso.

Se bem que é certo que existem muitos elementos nos quais a Hipnose Terapêutica, Hipnose Clínica ou Terapia de Hipnose é similar a este tipo de Hipnose. Não é um tanto fantasioso, exagerado ou extremista quando um “hipnólogo de cena” mostra ou manifesta-a.

A Hipnose Clínica, Hipnose Terapêutica ou Terapia de Hipnose tem em primeiro lugar o requisito de que seja praticada por psicólogos especialistas, psiquiatras ou terapeutas da saúde mental, e que antes de aplicar as técnicas da hipnose eles tiveram que aprender a tratar todo o tipo de doenças ou enfermidades psicológicas e/ou psiquiátricas, assim como as emocionais, psicossomáticas e etc. Então, antes de serem hipnólogos eles tiveram que ser avançados especialistas em tratar as enfermidades mentais em toda sua amplitude e saber, e conhecer como se comporta a psique em todas as suas manifestações, ter experiência clínica no tratamento das enfermidades psíquicas, emocionais e etc.

Então, dizemos que no mundo de hoje a aplicação da Hipnose Clínica, Hipnose Terapêutica ou Terapia de Hipnose está muito difundida em todos os continentes. Isso se deve ao benefício que a aplicação dessa metodologia nos proporciona em todas as patologias psicogênicas, tanto nas patologias psicossomáticas, como também nas enfermidades de origem física.

E por que se dá esse beneficio se perguntam vocês nesse momento. Porque o êxito que se obtém com sua aplicação trás ao paciente um resultado em um tempo muito menor, ao contrário do que requer qualquer outra metodologia terapêutica, e isso ainda podendo-se chegar aos níveis profundos da psique, de modo que o resultado na modificação de padrões de conduta, patologias, sintomas é totalmente bem sucedido e durável ao longo do tempo. Enquanto se conheça e se aplique a Hipnoterapia em todo o mundo, sem dúvida nenhuma, isso é fruto do saber e da difusão dos feitos alcançados nos consultórios pelos distintos hipnoterapeutas que a aplicam que se faz através da internet.

Também estamos nos acostumando a que diversos meios, seja por rádio ou televisivos, entrevistem especialistas em Saúde Mental, tanto psicólogos e/ou psiquiatras que em sua prática clínica aplicam a Hipnoterapia, contando o que é precisamente esta ciência, que nos últimos tempos vem monopolizando a atenção e a escolha dos pacientes que optam ser tratados por esta metodologia. Sem dúvida alguma é o “boca a boca” e a difusão, tanto pelos meios de comunicação, ou pela internet, que levaram ao conhecimento dos que sofrem quais são as vantagens que oferecem a Hipnose Clínica, Terapêutica.

Então, o conhecimento generalizado sobre o que é precisamente a Hipnoterapia, e sobre o que não é, contribui e contribuirá a eliminar o falso conceito sobre a Hipnose Clínica, sobre o que se deve esperar com sua aplicação terapêutica e o que não se deve esperar.

Pois, precisamente por existir essa confusão, esse desconhecimento não foi possível que muitas pessoas que poderiam ser ajudadas com sua aplicação no consultório para deixar de sofrer, não o foram porque é precisamente esse conceito falso de que aqueles que praticam a hipnose são uma espécie de “bruxos”, que “submetem sua mente e vontade” a “nossa mercê”, e que como pacientes poderiam perder sua liberdade, seu livre arbítrio por isso. Nada mais longe da realidade que este falso conceito, que essa desinformação, que essa falta de conhecimento.

Como dizia antes nesse texto, é comum que venham ao nosso consultório pessoas pedindo e nos colocando no lugar de “bruxos”, mas também é certo que nós como profissionais e experientes especialistas em Saúde Mental, e em tratar a todo tipo de pacientes e doenças, também devemos informar a essas pessoas, que não somos quem eles acham que somos, e que por outra parte, esse lugar no qual nos colocam, além de apenas existir em sua fantasia, também existe porque há em sua pessoa a necessidade de crer que magicamente outra pessoa lhes vai solucionar a vida de maneira milagrosa, fato que sem sombra de dúvidas é produto apenas de sua fantasia, ilusão e mentalidade pessoal.

De modo que ante esta demanda, há que mostrar ao paciente a verdade, derrubar sua fantasia e mostrar quais são seus próprios mecanismos psíquicos que a levam a buscar uma saída mágica a sua doença, em lugar de uma cura da qual ele como paciente forma parte e é agente, e nós como Hipnoterapeutas, como Hipnológos Clínicos somos apenas uma ponte entre esse paciente e sua enfermidade, e a metodologia terapêutica que aplicamos para sua cura. Se não existe o convencimento e a real consciência de sua patologia, de seu sofrimento, de sua conduta e, consequentemente, o desejo de mudança e de cura, se isso não existe, então, existe o mágico pensamento, a mágica crença que nós Hipnoterapeutas faremos tudo por ele, porque somos essa espécie de pseudo Deus, que foi erigido só porque não existe nessa pessoa a tomada de consciência de sua enfermidade, doença ou conduta a modificar e, que se isso realmente não existe, tampouco existe em nós a possibilidade de fazer uma ponte para sua recuperação e/ou mudança e/ou cura.

A Hipnose como Terapia Psicológica, quando se difunde seu real valor, conceito e efetividade contribui positivamente a esclarecer esse tema, e a mostrar a concepção real sobre o que é a Hipnose e suas vantagens terapêuticas, como também, desmistificar falsos conceitos adquiridos desde muitos anos, que o uso que se fazia da hipnose estava rodeado desse halo de mistério e magia, que carece de uma base real e cientifica que a Metodologia Hipnótica aplicada à saúde tem, e que nesses elementos terapêuticos metodológicos se baseia.

Aplicando essa metodologia o Hipnoterapeuta Clínico ajuda a pessoa a qual ele recorre, a resolver os conflitos que por si só ela não pode resolver. E não só de conflitos emocionais estamos falando quando dizemos que a Hipnose Clínica ajuda as pessoas a alcançar uma vida melhor, mas também contamos que é aplicada na cura das enfermidades psicossomáticas, quer dizer, aquelas doenças que aparecem quando a pessoa inflige ao corpo seu sofrimento psíquico e emotivo; também enfermidades psíquicas como a depressão, os vícios (todos eles: tabaco, álcool, drogas, comida e etc.), problemas de ansiedade, fobias, stress pós-traumático, enfermidades físicas como as dermatológicas, e muitas outras de diferentes etiologias, tanto de origem psicogênico, como físico.

É com a ajuda das técnicas adequadas que o Hipnoterapeuta Psicólogo ou o Psiquiatra que tem conhecimentos terapêuticos aplica a Hipnoterapia ajudando, assim, o paciente a superar sua doença, seu sofrimento, seu mal-estar, a modificar sua conduta e, consequentemente, a encontrar uma vida plena. Dizemos, então, que é no mundo de hoje, e já há algumas décadas, que a Hipnoterapia Clínica é uma das principais correntes da psicoterapia. E que para a aplicação da metodologia Hipnótica, o terapeuta se vale de sua experiência clínica e dos fundamentos metodológicos de sua formação acadêmica.

Pessoalmente, eu, para minha prática clínica comecei aplicando nas sessões de Hipnose Clínica os conhecimentos, em primeiro lugar, da Psicoterapia Psicanalítica, logo, da Hipnose Ericksoniana, e com o passar dos anos, fui comprovando que se incorporasse a metodologia Cognitiva e Conductual a minha prática clínica de Hipnose, como também, muitos elementos que me proporciona a Terapia Gestalt, a Terapia Sistêmica, assim como elementos do EMDR. Consigo em meus pacientes um resultado muito mais adequado às exigências das distintas dificuldades, problemáticas e patologias que levam os pacientes ao meu consultório.

Atualmente e, sobretudo, desde os últimos anos muitas das pessoas que procuram meu consultório para o tratamento com hipnose sofrem de:

-TOC
-Anorexia, Bulimia e Obesidade
-Fobias (de todos os tipos: agorafobia, fobia social, etc.)
-Colón inflamado
-Vícios (álcool, drogas, psicofarmácos, tabaco)
-Transtorno de Stress Pós-Traumático TEPT
-Depressão
-Ludopatia

Claro que estou falando das patologias mais comuns que afetam os pacientes, mas também existem outras como, por exemplo, as que enumero aqui:

• Abuso sexual
• Agressividade
• Ansiedade
• Baixa Auto-estima
• Complexos
• Crises de Angustia
• Dificuldades da fala como: dislexia, dificuldades de comunicação, tartamudez
• Dificuldades ou problemas com a concentração, dificuldades nos estudos
• Dor, dores crônicas, dor de cabeça
• Pesar (perda de um ente querido)
• Dificuldades ou disfunções sexuais como: ejaculação precoce, anorgasmia, falta de ereção, vaginismo, dispareunia, impotência, etc.
• Stress
• Insegurança
• Insônia
• Enurese
• Medo, temores
• Tiques
• Timidez
• Transtornos dermatológicos e etc.

Então, continuando com a pergunta O QUE É A HIPNOSE? Dizemos que é, em primeiro lugar, uma técnica, desde o momento de sua aplicação em forma terapêutica, nas enfermidades e problemas psíquicos e emocionais, até modificar condutas e modos de vida equivocados e que causam sofrimento a pessoa. Há muitas décadas que foi comprovada sua validez científica, quer dizer, está cientificamente provado que quando aplicada por profissionais idôneos e formados produz mudanças rápidas nas pessoas.

Essas mudanças são desejadas pelo paciente e se produzem tanto no comportamento, como no físico, psíquico, emotivo, comportamental, relacional e mental.

Agora falemos de como se aplica a Hipnose Clínica ou Hipnose Terapêutica: quando se produz o estado hipnótico no paciente. Primeiramente, ele deve haver entrado em um profundo estado de relaxamento. Nesse estado a pessoa pode conseguir que sua mente se concentre em tudo que o terapeuta vai indicando, e somente atende a voz do Terapeuta Hipnólogo.

A isso chamamos “atenção focalizada”, as sugestões, orientação e guia que recebe do Hipnoterapeuta com sua voz.

E são precisamente essas sugestões, orientações e frases as que vão permitir que o paciente possa, em primeiro lugar, entrar em transe e chegar aos extratos profundos de sua psique, de seu subconsciente ou inconsciente, como também é conhecido, e trabalhar nesse momento, e buscando a melhor técnica dentro das metodologias terapêuticas (previamente havia comentado sobre as técnicas que aplico quando o paciente está em estado hipnótico).

Com isso se pode ajudar ao paciente a realizar as mudanças positivas e modificações necessárias para melhorar em si mesmo e, portanto, em sua vida.

Outra questão que me parece oportuno esclarecer, e que também é comum que haja confusão ou má informação ao respeito, é que sempre a pessoa tem e mantém o absoluto controle sobre si e seu estado consciente, nunca perde a consciência, nunca entra em estado de sono profundo, e esse controle que tem de si e faz que apenas diga e mencione nesse momento, e não fará ou dirá nada que não quer dizer ou fazer. Por isso que eu gosto de falar de autohipnose, pois se a pessoa não quer deixar-se hipnotizar, o terapeuta certamente não poderá fazê-lo sozinho, se não recebe a vontade e a decisão do paciente para fazê-lo.

Então, toda a Hipnose é Autohipnose e o Hipnoterapeuta é a ponte ou o facilitador da experiência hipnótica, apenas isso.

Volto então ao que mencionava no começo do texto, se a pessoa pretende que o hipnoterapeuta se faça de mago, a cura não é possível. Quando o paciente não quer deixar-se hipnotizar, tampouco é possível para o hipnoterapeuta fazê-lo, e a sessão de Hipnose fracassa.

Não faz muito tempo veio ao meu consultório uma pessoa do sexo feminino, de 60 anos com uma história de vida verdadeiramente pungente, seu sofrimento era tanto que quando ela veio ao consultório me disse: “venho aqui informada, quero deixar de sofrer já”. À medida que essa primeira sessão avançava, eu podia me dar conta por cada uma das frases que ela dizia quando se dirigia a mim, que me havia colocado no lugar do mago, no qual toda experiência terapêutica fracassa, em todo momento a fiz notar isso, e a possibilidade de fracasso, de não modificar isso em seu conceito e desejo.

Ela continuou assistindo as sessões, e tudo foi muito difícil durante as mesmas. Desde o relaxamento, e muito mais quando ela entrou em transe hipnótico, as sessões, claro, demoravam muito mais tempo que com um paciente regular. Cada vez que ela entrava no consultório sempre dizia a mesma frase: “eu pensava que o senhor fosse me fazer dormir e quando eu despertasse estaria curada” (sempre nesse momento da sessão eu a explicava que seu conceito estava errado, como no primeiro dia). Segui falando até a quarta sessão, e inclusive nessa sessão ela custou mais ainda pra entrar em transe, e quando o fez não pode seguir trabalhando com os elementos que sua psique a enviava para serem trabalhados.

Uma vez que isso ocorreu a expliquei mais uma vez que não era possível que fosse esse mago ou esse ser que faz e sabe tudo magicamente, lugar este que se empenhava a continuar me colocando, e que dificultava totalmente o tratamento. Foi nesse momento da terapia que lhe fiz essas duas perguntas como modo de derrubar sua resistência ao tratamento: o que você quer seguir conservando? E o que você quer deixar ir? Nesse momento trabalhamos especificamente as respostas a essas perguntas, e foram realmente de um grandioso avanço terapêutico, pois nas mesmas pôde compreender que havia sofrido e sofria muito em sua vida, estava tão enraizado este sofrimento em seu modo de ser e de conduzir-se que temia modificá-lo, pois a possibilidade de pensar que sua vida poderia ser diferente do que era nesse momento a aterrorizava.

Temia deixar o desconhecido. Isso foi trabalhado, e agora ela é uma paciente com alcances e avanços admiráveis em sua Terapia de Hipnose, já faz quatro meses que ela está em tratamento, e acredito que ao longo do ano ela terá alta, de acordo com as mudanças produzidas nela, produto da hipnoterapia.

Outro falso conceito que é preciso erradicar é que muitos pacientes também crêem que porque podem recordar toda a sessão de hipnose não entraram em um estado de transe, não foram hipnotizados, mas não é assim, pois quando se produz a hipnose na sessão de terapia, o paciente entra em um estado de transe hipnótico, mas não perde a consciência, se não todo o contrário, é um estado aumentado de consciência e sua atenção consciente apenas está concentrada na voz do hipnólogo, do hipnoterapeuta.

É nesse estado que a “mente consciente”, essa mente que está conosco no cotidiano, no viver diário, quando estamos atentos as distintas tarefas e rotinas diárias fica suprimida, e é a mente “subconsciente” que está presente nesse momento durante a sessão hipnótica. Para que se entenda o exemplo, acontece muitas vezes quando estamos lendo um livro ou um artigo, ou assistindo a um filme que nos interessa muito, e estamos totalmente absortos. É quando algo atrai nossa atenção e nos tira de nossa abstração que nos damos conta que não existia no nosso mundo desse momento mais do que o mundo da história que nos estava envolvendo por completo.

Durante a sessão de hipnoterapia o paciente sente isso precisamente, que sua atenção esteve realmente absorta e ocupada em todo o decorrer da sessão, e não existiu um mundo externo a sua mente e superconsciência nesse momento, de tal modo que quando a sessão termina o chama a atenção o tempo transcorrido, já que uma das características que tem a sessão de hipnoterapia é que o tempo parece não passar, de tal modo que é comum que a hora passe e o paciente sinta que apenas se passaram 5 minutos.

Durante o tratamento com a Hipnoterapia Clínica se alcança a recuperação da saúde e também a mudança de modos de comportamento, de desenvolvimento, de formas de vida, de estilo de vida positivo. Alcança-se enfrentar e vencer os medos e as fobias, mudar todos os modos de pensamento quando estes são negativos e prejudiciais a qualidade de vida da pessoa. Aprende-se a expressar os sentimentos e emoções, a conectar-se com a afetividade, a desenvolver-se na vida, a deixar os vícios, a vencer a timidez, a adquirir uma melhor saúde física e psíquica, a superar o stress, a adquirir auto-estima, auto-valor, domínio de caráter, a superar a insônia, a dor, os maus hábitos e comportamentos, mas nunca o paciente faz coisas que vão contra sua vontade, sua moral ou sua ética.

Quando alguém fez várias sessões de hipnose, e aprendeu como relaxar-se em uma sessão, pode-se fazer o mesmo em sua casa, sozinho, e também praticar o que se chama de “autohipnose” sempre seguindo as instruções aprendidas no consultório. Nestas práticas de autohipnose, o que se consegue é reafirmar e consolidar mais ainda o sucesso alcançado na sessão de Hipnoterapia. Além do mais, esta prática também ensina ao paciente a modificar seus estados de ansiedade e angústia, isso é, se ele o pratica diariamente como estilo de vida, e não apenas paralelamente ao tratamento hipnótico, mas diariamente, influirá para melhor em sua vida, tanto em sua saúde psíquica, física, emocional e relacional.

Outra das aplicações que tem a Terapia de Hipnose é superar o medo ou stress as provas, também a falta de concentração, a falta de memória e o bloqueio comum (o branco) que produz o temor render-se. O modo o qual a Hipnoterapia ajuda nesses casos é fazendo com que o estudante aprenda a relaxar-se, para que no momento da prova seja fácil fazê-la e, portanto, possa render sem impedimentos ou dificuldades, concentrando-se apenas em seu conhecimento e podendo aplicá-lo. E isso também vale ao aprender a concentrar-se de maneira melhorada e fazer uso de sua memória com técnicas corretas. Ele consegue que o tempo de estudo e aprendizagem seja muito menor que aquele o qual estava acostumado a utilizar antes das sessões de hipnoterapia.

Atualmente, são muitos os esportistas que nos procuram como Hipnoterapeutas, pois aprendem conosco a relaxarem-se, a controlar sua ansiedade e, então, utilizar seus conhecimentos, assim como sua capacidade, mente e corpo para que o potencial que possuem renda ao máximo, e que por distintas causas não o estão utilizando de maneira correta, afetando dessa maneira, sua maneira de reagir nos diferentes momentos que competem.

A ajuda que proporcionamos como hipnoterapeutas aos atletas de todas as modalidades é aprender a controlar a ansiedade, a fazer que se dêem conta da dificuldade que esse estado provoca neles, e que tem como consequência essa ansiedade e toda a energia que perdem por isso. Eles também aprendem a utilizar todos os recursos disponíveis para alcançar o rendimento máximo, porque durante as sessões de hipnose os desportistas podem conseguir ver e se dar conta de quais são as falhas que os impedem de atingir o rendimento desejado, mesmo sentindo que poderiam render muito mais em sua modalidade. Além disso, eles aprendem uma maneira de utilizar esse potencial e aplicá-lo em várias competições. É também nas sessões de hipnose que eles encontram um ótimo recurso para aprender a antecipar cada um de seus encontros, e ter em mente antecipadamente um desenvolvimento adequado dessa competição.

É comum que atletas que praticam modalidades como basquete, golfe, futebol, ciclismo, natação e etc. vão aos consultórios de hipnoterapeutas periodicamente, de tal modo que a hipnose se transformou em uma aliada dos atletas. Ela está cada vez mais difundida entre os esportistas mais famosos do mundo, que em algum momento de sua carreira tiveram sessões de hipnose.

Autor: Lic. Cristina Heinzmann

Tradução: Clarisse Evelin (cladutora) - cladutora@yahoo.com.br
Sua Mente

domingo, 8 de março de 2009

A PNL vai bem

“Na alegria de vocês descobri minhas Certezas….
E o mundo me parece que Começa”

Silvio Rodríguez

Em Abril do ano passado se celebrou em Barcelona o I Congresso Espanhol de PNL organizado pela Associação Espanhola de PNL. Foi um grande evento devido a uma numerosa assistência de público, à qualidade das exposições e a um encerramento inesquecível: a intervenção do Robert Dilts, máximo referente da PNL atual.

O fato de que um dos “grandes” da PNL de hoje seja um homem da estatura humana do Robert Dilts reforça nossa convicção de que a PNL vai bem. Ele honrou tudo que foi descoberto pela PNL anteriormente e sobre essa base foi um pouco mais à frente aglutinando todo o trabalho em torno do Ser Essencial, “isso” que permanece invariável em nós mude o que mude, “isso” que perduraria em cada um inclusive se tivéssemos outro aspecto, se tivéssemos nascido em outra família, se vivêssemos em outro lugar…

Trás muita esperança comprovar que “a excelência”, palavra muito utilizada na PNL dos primeiros tempos, encaminha seus passos para uma direção e missão com sentido do Amor, do humor, da essência e da integração.

1° Geração

Tal e como Robert Dilts nos relatou com detalhe, a Primeira Geração da PNL se desenvolveu nos anos 70 da mão de seus criadores, Bandler e Grinder, derivado do estudo e modelado de terapeutas tão brilhantes e eficazes como Milton Erickon (hipnose), Gregory Bateson (Escola de Palo Alto), Virginia Satir (Terapia Sistêmica) e Fritz Perls (Gestalt). Centrava-se fundamentalmente no indivíduo e se pressupunha uma relação terapêutica um a um. A maioria das técnicas desta primeira geração se enfocavam na solução de problemas nos níveis de comportamentos e capacidades.

2° Geração

A Segunda Geração da PNL, nos anos 80, abrange temas mais à frente do campo terapêutico e se orienta para objetivos e estratégias para consegui-los, enfatizando muito mais as relações com outros e com nós mesmos. O Modelamento e suas ferramentas começam a ser utilizadas em áreas de negociações, liderança, motivação, vendas, saúde e educação.

Suas técnicas se enfocavam em níveis mais elevados como crenças, valores e meta-programas. Suas ferramentas integram a linha do tempo, o jogo com distintas posições perceptivas e a integração de conflitos.

3° Geração

A Terceira Geração da PNL se está desenvolvendo desde meados dos 90. Suas aplicações são mais sistêmicas e se centram em níveis mais altos de aprendizagem, interação e desenvolvimento. Suas técnicas se enfocam em esclarecer os níveis mais profundos: a identidade, a visão, a missão e o espiritual. Pretende criar espaço para toda a pessoa, reconhecê-la em sua totalidade. Enfatiza a mudança do campo unificado do sistema e o aplica ao desenvolvimento de organizações, culturas, equipes e indivíduos. Incorporam-se como princípios fundamentais a auto-organização e o alinhamento de planos e níveis. “Se não nos alinharmos de uma visão além de nós mesmos as pessoas se estancam em seu ego. Formamos parte de algo mais amplo que nós mesmos”. O que necessita alguém para adquirir uma visão mais ampla, para sentir-se completamente vivo? Despertar, despertar à experiência emergente de estar vivo.

Cada nível precisa de diferentes instrumentos para se expressar e cada geração honra às outras e complementam a anterior.

Pode-se afirmar que a PNL atual não só procura explorar como pensa a inteligência cognitiva mas também como vive o que vive da inteligência emocional (como aceita, dá espaço e apadrinha essas emoções), como somatiza a inteligência corporal ou somática (se flui, bloqueia, tensas…), que repercussões tem na inteligência do campo energético, no sistema onde atuamos e tratando sempre de encontrar a “direção” em nossa Sabedoria Essencial.

Não podemos mudar o que não conhecemos. É necessário ter consciência de como dirigimos estas inteligências para poder sobreviver da melhor maneira que soubemos e é hora de aprender a sonhar melhor. É possível. Tão somente terá que ficar em progressão. Geraram-se instrumentos para trabalhar cada uma destas inteligências visto que cada uma tem sua forma particular de processar.

Uma colocação analítica não é sempre o melhor para encontrar a solução. Organiza muito os fatores mas não reorganiza nossa realidade total. Se além disso pensamos em termos somáticos, considerando o que sente o corpo e também em termos energéticos, do campo de movimento e vibração que produz algo, podemos encontrar poderosas chaves de solução ao conectar com um Tudo integrado. Um pensamento “brilhante” do ponto de vista analítico que gera uma tensão profunda de cervicais não está integrado no sistema por mais “brilhante” que aparente ser. Pode ser que não esteja alinhado com o resto de nosso Ser.

Uma presença serena, brincalhona e plena no Aqui e Agora, uns olhos brilhantes nos que te podes mergulhar como em um oceano, uma escuta ativa que não julga e potência o melhor do que fala, um sorriso que acolhe e uma risada que se contagiou em várias ocasiões a toda a sala. Se este for o fruto vivo do trabalho da PNL em ti, Robert, a PNL vai bem.

Teresa Arranz y Gustavo Bertolotto
Instituto Potencial Humano

Tradução: Sua Mente.com.br

terça-feira, 3 de março de 2009

Glossário de termos de PNL

(para área de negócios)

Acompanhamento - Método usado por comunicadores para estabelecer rapidamente o entendimento; consiste em combinar determinados aspectos de seu próprio comportamento com os da pessoa com quem estão se comunicando - ou seja, trata-se de combinar ou espelhar comportamento.

Acuidade sensorial - O processo de aprender a fazer distinções mais precisas e úteis, em meio à quantidade de informação sensorial que recebemos do mundo exterior.

Alinhar - Arrumar os elementos a serem alinhados de modo que todos eles estejam em paralelo e, portanto, caminhem na mesma direção.

Ambiente- O contexto externo no qual se dá o nosso comportamento. Nosso ambiente é aquele que percebemos como estando "fora" de nós mesmos. Não é parte de nosso comportamento; é mais alguma coisa à qual devemos reagir.

Ambigüidade - O uso de uma linguagem vaga ou ambígua. A linguagem ambígua é também abstrata, em oposição à linguagem específica.

Analógico - Apresenta nuances de significado, ao contrário de digital, cujo significado é mais definido (sim/não, ligado/desligado). É como um relógio analógico, que tem ponteiros para marcar as horas e os minutos.

Âncora - Qualquer estímulo que esteja associado a uma resposta específica. As âncoras ocorrem naturalmente, mas também podem ser estabelecidas de forma intencional. Por exemplo, soar uma campainha para chamar a atenção de pessoas - ou, mais sutilmente, ficar de pé em um determinado ponto, enquanto responde a perguntas.

Ancorar - O processo de associar uma resposta interna a um estímulo externo (como no condicionamento clássico), de modo que a resposta possa ser rapidamente reacessada (às vezes isso ocorre de forma dissimulada). A ancoragem pode ser visual (com gestos específicos das mãos), auditiva (pelo uso de palavras e tom de voz específicos) e cinestésica (tocar o braço ou pousar a mão no ombro de alguém). Critérios para a ancoragem:
* Intensidade ou pureza da experiência;
* Noção de tempo - no ponto máximo da experiência;
* Precisão na reprodução da âncora.

Antecipar o futuro - O processo de fazer o "ensaio mental" de alguma situação futura, de modo a procurar garantir a ocorrência natural e automática do comportamento desejado.

Associação - Como em uma lembrança, olhar através dos próprios olhos, ouvir o que já ouviu e sentir os sentimentos como se realmente estivesse vivendo a situação. Essa condição é denominada de estado associado.

Atitude - Um conjunto de valores e crenças a respeito de determinado assunto. Nossas atitudes são escolhas que fizemos.

Auditivo - Relativo à audição ou ao sentido da audição.

Calibragem - O processo de aprender a traduzir as respostas inconscientes e não-verbais de outra pessoa durante uma interação, pela combinação dos sinais de comportamento observados com uma resposta interna específica.

Cinestésico - Relativo às sensações do corpo. Na PNL, o termo cinestésico engloba todos os tipos de sentimento, inclusive os tateis, viscerais e emocionais.

Coerência - É quando todas as crenças internas, as estratégias e o comportamento de uma pessoa estão inteiramente equilibrados e orientados no sentido de assegurar um determinado resultado desejado. As palavras, a voz e a linguagem do corpo transmitem a mesma mensagem.

Comportamento - As ações e reações físicas específicas através das quais interagimos com as pessoas e com o ambiente à nossa volta.

Condições para boa formação - O conjunto de condições que determinada situação deve satisfazer, de modo a produzir um resultado eficaz.

Conduzir - Modificar nosso próprio comportamento e promover rapport suficiente para que a outra pessoa siga o exemplo.

Contexto - A moldura que envolve um determinado evento. Essa moldura normalmente determinará a maneira de se interpretar uma determinada experiência ou evento.

Crenças - Generalizações firmemente arraigadas a respeito de:
(1) causa,
(2) significado e
(3) limites em relação:
* ao mundo à nossa volta;
* ao nosso comportamento;
* às nossas capacidades e
* à nossa identidade.
As crenças funcionam em um nível distinto do da realidade concreta, e servem para orientar e interpretar nossas percepções da realidade, em geral relacionando-as aos nossos sistemas de critérios ou valores. As crenças são notoriamente difíceis de serem mudadas através das regras típicas da lógica ou do pensamento racional.

Critérios - São os valores ou padrões que uma pessoa utiliza para tomar decisões e estabelecer julgamentos acerca do mundo. Um único critério é composto de vários elementos, conscientes e subconscientes. A pergunta a ser feita é: "O que é importante em relação a ...?"

Desafio relevante - Perguntar como uma determinada afirmação ou comportamento está ajudando a atingir um resultado definido em comum acordo.

Descrição baseada nos sentidos - Informação que pode ser observada e verificada diretamente pelos sentidos. É a diferença entre "os lábios estão esticados, algumas partes de seus dentes aparecem e os cantos de sua boca estão mais altos que a linha principal da boca" e "Ela está feliz" (que é uma interpretação).

Diferenciar - Adotar comportamento diferente em relação à outra pessoa e romper o rapport com o propósito de redirecionar, interromper ou encerrar uma reunião ou uma conversa.

Digital - Que tem significado bem definido (ligado/desligado), em oposição a analógico, que possui sutilezas de sentido.

Dissociação - Como em uma lembrança, estar de fora e olhar para o próprio corpo em um retrato. Com isso a pessoa não revive os sentimentos que teria se estivesse vivendo aquela situação específica.

Distorção - Um dos três princípios da modelagem humana; o processo pelo qual as relações que ocorrem entre as partes do modelo são representadas diferentemente das relações que deveriam representar.

Down-time - Ter todos os canais sensoriais voltados para dentro.

Ecologia - O estudo dos efeitos das ações individuais sobre o sistema maior.

Eliciar - O ato de descobrir e detectar determinados processos internos.

Espaço do problema - O espaço do problema é definido por elementos físicos e não-físicos que criam um problema ou contribuem para isso. As soluções surgem de um "espaço de soluções", rico em recursos e alternativas. Um espaço de soluções precisa ser mais amplo que o espaço do problema, para que possa produzir uma solução adequada.

Espelhamento - Copiar parte do comportamento de outra pessoa.

Estado - O conjunto das condições físicas e mentais a partir das quais uma pessoa age. O estado em que estamos afeta nossa capacidade e nossa interpretação das experiências que vivemos.

Estado de recursos - A experiência neurológica e fisiológica global de uma pessoa que se sente cheia de recursos.

Estratégia - Um conjunto de passos mentais e comportamentais explícitos, utilizado para atingir um resultado específico.

Estrutura de referência - A soma de todas as referências que compõem a história de vida de uma pessoa. Designa também a representação integral da qual derivam outras representações, dentro de alguns sistemas. Por exemplo: a estrutura profunda serve como estrutura de referência para a estrutura superficial.

Estrutura profunda - Os mapas sensoriais (conscientes e subconscientes) que as pessoas utilizam para organizar e guiar seu comportamento.

Estrutura superficial - As palavras ou a linguagem utilizadas para descrever ou simbolizar as verdadeiras representações sensoriais primárias armazenadas no cérebro.

Filtros perceptivos - As ideias, experiências, crenças e linguagem únicas que dão forma ao nosso modelo do mundo.

Fisiologia - Relativa à parte física de uma pessoa.

Flexibilidade de comportamento - A habilidade de variar o próprio comportamento, de modo a induzir, ou garantir, uma resposta por parte de outra pessoa. A flexibilidade de comportamento diz respeito também ao desenvolvimento de uma vasta gama de respostas a um dado estímulo, em oposição às respostas habituais - e consequentemente limitadas - que inibem o desempenho potencial.

Generalização - Um dos três princípios da modelagem humana; o processo pelo qual uma experiência específica passa a representar toda a categoria de experiências a que pertence.

Gustativo - Relativo ao sabor ou ao sentido do paladar.

Hierarquia - Método de organizar coisas ou ideias, em que as ideias mais importantes são classificadas com base em sua relevância.

Identidade - Nosso sentimento acerca de quem somos. Nosso senso de identidade organiza nossas crenças, capacidades e comportamentos em um sistema único.

Igualar - Adotar parcialmente o comportamento de outra pessoa, com o propósito de ampliar o rapport.

Incoerência - O estado de ter reservas, de não estar totalmente comprometido com um resultado; o conflito interno será expresso no comportamento da pessoa.

Intenção - O propósito ou resultado desejado de cada comportamento.

Linha do tempo - A forma como armazenamos imagens, sons e sentimentos de nosso passado, presente e futuro.

Mapa da realidade (modelo do mundo) - A representação única que cada pessoa tem do mundo, construída a partir de suas percepções e experiências individuais.

Marcação analógica - Usar o tom de voz, a linguagem corporal, gestos etc., para acentuar uma palavra-chave em uma frase, ou uma parte especial de uma apresentação.

Marcação tonal - Usar a voz para acentuar determinadas palavras mais significativas.

Meta - Vem do grego; significa estar acima de.

Metamodelo - Um modelo desenvolvido por John Grinder e Richard Bandler, que identifica determinadas classes de padrões de linguagem que podem ser problemáticas ou ambíguas. Baseado na gramática transformacional, o metamodelo identifica distorções, omissões e generalizações comuns, que obscurecem a estrutura profunda e/ou o significado original. O modelo contém perguntas esclarecedoras, que restauram o sentido original da mensagem. O metamodelo reconstitui a conexão da linguagem com as experiências, e pode ser utilizado para reunir informações, esclarecer significados, identificar limitações e ampliar as opções de escolha.

Metáfora - O processo de pensar sobre uma situação ou fenômeno como se fosse outra coisa - ou seja, através de histórias parábolas e analogias.

Metaprograma - Um nível de programação mental que determina como selecionamos, orientamos e dimensionamos nossas experiências. Nossos metaprogramas são mais abstratos que nossas estratégias específicas de pensamento - e definem nossa abordagem genérica em relação a uma questão específica, não os detalhes de nosso processo mental.

Modelagem - O processo de observar e mapear o comportamento bem-sucedido de outras pessoas. Isso envolve traçar o perfil de comportamentos/fisiologia, crenças e valores, estados internos e estratégias.

Modelo do mundo - A forma de uma pessoa representar, internamente, as condições do mundo.

Modelo Milton - O inverso do metamodelo. Utilizar padrões de linguagem intencionalmente vaga para acompanhar a experiência de outra pessoa e ter acesso a recursos inconscientes. Baseado na linguagem usada pelo Dr. Milton H. Erickson.

Moldura - Significa definir um contexto ou forma de perceber uma determinada situação: moldura de resultado, moldura do caminho de volta etc.

Moldura "como se..." - Imaginar que um determinado evento já aconteceu. Pensar em algo "como se" já tivesse ocorrido estimula a criatividade na solução de problemas, pois a pessoa transpõe mentalmente os aparentes obstáculos e chega às soluções desejadas. A pergunta é: "Como seria se eu pudesse...?"

Não-verbal - Sem palavras. Refere-se, em geral, à parte analógica de nosso comportamento externo.

Níveis lógicos - Uma hierarquia interna na qual cada nível é, progressivamente, mais psicologicamente impactante e envolvente. Em ordem de importância, do mais alto ao mais baixo, esses níveis são:
(1) espiritual;
(2) identidade;
(3) crenças e valores;
(4) capacidades;
(5) comportamento e
(6) ambiente.

Olfativo - Relativo ao cheiro ou ao sentido do olfato.

Omissão - Um dos três princípios da modelagem humana; o processo através do qual parcelas selecionadas do mundo são excluídas da representação criada pela pessoa que copia. Dentro dos sistemas de linguagem, a omissão é um processo de transformação através do qual partes da estrutura profunda são removidas - e, conseqüentemente, não aparecem na representação da estrutura superficial.

Padrão Swish! - Um processo gerador de submodalidades que programa o cérebro para funcionar em uma direção diferente. É muito eficaz para transformar hábitos ou comportamentos indesejáveis em opções mais construtivas.

Papéis - Uma forma metafórica de falar sobre programas independentes e estratégias ou comportamento. Os programas, ou "papéis", servem para desenvolver uma imagem que se transforma em uma característica que identifica a pessoa.

Pistas de acesso - Comportamentos sutis que indicam o sistema de representação que a pessoa está usando. Algumas pistas de acesso típicas são o movimento dos olhos, o tom e o ritmo da voz, a postura corporal, os gestos e os padrões de respiração.

Pistas de movimento dos olhos - Movimentos dos olhos em determinadas direções, que indicam pensamento visual, auditivo ou cinestésico.

Posição perceptiva - Uma perspectiva ou um ponto de vista específico. Na PNL é possível perceber uma determinada experiência través de uma das três posições básicas que se seguem. A primeira posição envolve viver determinada experiência com nossa própria visão, associada ao ponto de vista de alguém na primeira pessoa. A segunda posição significa estar na experiência como se estivéssemos na pele de outra pessoa. A terceira posição envolve se afastar e perceber a relação entre nós mesmos e os outros, a partir de uma perspectiva dissociada.

Predicados - Palavras baseadas nos sentidos, que indicam o uso de um determinado sistema de representação.

Pressuposto - Uma tese básica, implícita, necessária para que uma determinada representação faça sentido. No âmbito dos sistemas de linguagem, uma afirmação que precisa ser verdadeira para que uma outra afirmação tenha sentido.

Processo e conteúdo - O conteúdo é aquilo que é realizado, enquanto o processo é como aquilo é realizado. O que você diz é conteúdo; como você diz é processo.

Qualidade da voz - O segundo canal mais importante de comunicação e influência. Pesquisas sugerem que representa 38% do impacto total da comunicação.

Rapport - O estabelecimento de confiança, harmonia e cooperação em um relacionamento.

Recursos - Qualquer meio que possa levar a atingir um resultado: fisiologia, estados, pensamento, estratégias, experiências, pessoas, eventos ou bens materiais.

Refazer (do fim para o início) - Rever ou resumir uma situação, utilizando as palavras-chave e o tom de voz de outra pessoa. Em apresentações: um resumo muito preciso, com as mesmas palavras-chave e os mesmos tons de voz usados originalmente.

Representação Interna - Padrões de informação que criamos e armazenamos em nossa mente através de combinações de imagens, sons, sentimentos, odores e sabores. A forma como armazenamos e codificamos nossas lembranças.

Ressignificação - Mudar a moldura referencial de um afirmação, para lhe conferir novo significado.

Resposta ao estímulo - Uma associação entre uma experiência e a reação subsequente; o processo de aprendizagem natural demonstrado por Ivan P. Pavlov, em que ele estabeleceu uma relação entre o toque de uma campainha e o ato de secretar saliva, em cães.

Resultados finais - Metas ou estados desejados, que uma pessoa ou organização aspira a atingir.

Segmentar - Organizar ou dividir alguma experiência em partes maiores ou menores. Segmentar para cima envolve a mudança para um nível mais amplo e mais abstrato de informação. Segmentar para baixo significa atuar em um nível de informação mais específico e concreto. Segmentar lateralmente significa encontrar outros exemplos no mesmo nível de informação.

Segunda posição - Ver o mundo a partir do ponto de vista de outra pessoa e, assim, entender a realidade dela.

Sort - Um termo de computação que significa reorganizar a informação e/ou filtrá-la durante o processo de reorganização.

Sistema condutor - O sistema de representação perfeito (visual, auditivo, cinestésico) que encontra as informações necessárias para alimentar o estado consciente.

Sistema perfeito - O sistema de representação que um indivíduo utiliza com maior freqüência, para pensar conscientemente e organizar sua experiência.

Sistemas de representação - Os cinco sentidos: visão, audição, tato (sensação), olfato e paladar.

Sistêmico - Relativo sistemas e à observação dos relacionamentos e conseqüências ao longo do tempo e do espaço, em lugar da relação linear de causa e efeito.

Submodalidades - As qualidades sensoriais especiais percebidas por cada um dos sentidos. Por exemplo: as submodalidades visuais são cor, forma, movimento, brilho, profundidade etc.; as auditivas são volume, tom, ritmo etc.; e as cinestésicas são pressão, temperatura, textura, localização e outras.

Terceira posição - Observar a si mesmo e aos outros.

TOTS - Desenvolvido por Miller, Galanter e Pribram, o termo indica a sequencia Teste-Operação-Teste-Saída, que descreve a curva básica de feedback usada para orientar todo tipo de comportamento.

Transe - Um estado alterado de consciência, com o foco de atenção voltado para dentro com poucos estímulos.

Uptime - Estado em que a atenção e os sentidos estão voltados para fora.

Valores - As coisas que são importantes para nós e que movem nossas atitudes.

Visual - Relativo à visão ou ao sentido da visão.

Visualização - O processo de ver imagens com a mente.

Do livro: Neurolingüística nos Negócios - Técnicas de PNL para desenvolver suas habilidades
David Molden - Editora Campus