"Dizem que a motivação não dura. Bem, o banho também não. Por isso ele é recomendado com freqüência." (Zig Ziglar)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Cirurgia espiritual

A BAND está apresentando um especial, "Cura pela Fé".
Abaixo, as chamadas cirurgias espirituais:

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Emoções Que Curam

(Itamar Melo (Zero Hora - Caderno Vida)
A mente como remédio
Experiências demonstram que emoções negativas reduzem as defesas naturais do organismo - e que atitudes positivas podem ajudar a curar

“Para curar um doente de tuberculose
é mais importante saber o que ele tem na
cabeça do que no tórax.”

Cunhada em 1910 por sir William Osler, um eminente professor de Medicina nascido no Canadá, a frase acima se revestiu de uma surpreendente atualidade nos últimos anos. Uma enxurrada de estudos científicos tem demonstrado que o estado emocional do paciente e a confiança que ele deposita na cura são fatores decisivos para a recuperação. Essa constatação deu origem a técnicas e a serviços de apoio que começam a ser integrados aos tratamentos tradicionais para enfermidades graves como o câncer e a Aids.

Experimentos realizados nas últimas décadas revelaram que fatores como a depressão, o desânimo, o estresse e a ansiedade reduzem as defesas naturais do organismo em razão de conexões existentes entre o sistema nervoso e o sistema imunológico. Pacientes pessimistas e desesperançados, desse modo, debilitam as células capazes de combater as doenças e tendem a se beneficiar menos dos tratamentos.

Já o enfermo convicto da cura e notabilizado pelo otimismo, seja seu mal uma gripe ou um câncer, fortalece os mecanismos internos de cura e apresenta melhores condições de recuperar-se ou obter uma sobrevida mais longa. Em outras palavras, a ciência está descobrindo o que muitos charlatães já apregoavam: a mente pode curar, ou pelo menos dar uma ajuda decisiva na cura.

- O estado de ânimo que a pessoa mantém diante da doença influi muito na recuperação. Se ela está alegre, tem mais chance de melhorar. Se está depressiva, pensa que o mundo acabou e repete que vai morrer, debilita seu estado imunitário e não vai se curar nunca. O paciente tem que colocar algo de si para que o medicamento trabalhe - explica Ivan Izquierdo, professor titular de neuroquímica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Uma das comprovações clássicas dessa tese veio quase por acaso. Nos anos 70, David Spiegel, responsável pelo Departamento de Psiquiatria da Stanford University da Califórnia, resolveu verificar se o tratamento psicológico poderia ajudar mulheres com câncer de mama a superarem a depressão, a ansiedade e as dores que acompanhavam a doença. Dividiu as pacientes em dois grupos. Às integrantes do primeiro, ofereceu uma terapia e deu instruções sobre técnicas de relaxamento e auto-hipnose. Verificou que, ao mesmo tempo que elas obtinham avanços na qualidade de vida, as pacientes do grupo sem acompanhamento psicológico pioravam cada vez mais.

A grande surpresa viria 13 anos depois. Em meio a uma polêmica médica sobre a possibilidade de um estado mental levar à cura, Spiegel resolveu revisar seu experimento e verificar o impacto que ele tivera na sobrevida. Os resultados o deixaram aturdido e acabaram vindo a público em uma edição de 1989 da conceituada revista científica The Lancet: enquanto as mulheres que não receberam tratamento psicológico viveram em média 19 meses, as outras apresentaram uma sobrevida duas vezes maior - e algumas ainda estavam vivas.

Pesquisadores como o oncologista italiano Mariano Bizzarri, membro da Sociedade Americana do Câncer, sustentam que, à luz desses novos conhecimentos, os médicos devem rever seu papel. A participação e o grau de confiança que eles demonstram em relação ao tratamento transmitem ao paciente “segurança, fé, esperança e talvez mais alguma coisa”. Em um estudo com 10 cardíacos tratados por médicos entusiasmados com os novos tratamentos, verificou-se que oito apresentaram respostas excelentes na comparação com outros pacientes submetidos às mesmas terapias, mas tratados por profissionais céticos quanto as suas possibilidades.

A MÁ INFLUÊNCIA DE FATORES NEGATIVOS

Estudos relacionam estados prolongados de depressão e ansiedade, redução das defesas do organismo e aparecimento de enfermidades:

1950: O americano John Calhoun investiga uma colônia de ratos vivendo em condições de superpopulação em unidades habitacionais especiais. O estresse emocional gerado provoca elevada presença de doenças cardiovasculares e tumores

1959: Mais de 200 pacientes de câncer são submetidos a análises psicológicas. O pesquisador L. Le Shan descobre que a maioria das pessoas, antes de adoecer, havia perdido relações afetivas estreitas, nas quais concentraram energias e expectativas

1983: Um trabalho do Mount Sinai School of Medicine de Nova York demonstra que, após a perda do cônjuge, o viúvo sofre uma redução de funções imunológicas importantes. Os linfócitos voltavam a reagir normalmente somente depois de um ano

1987: Pesquisa da Johns Hopkins School of Medicine mostra que a incidência de câncer em pacientes tipo “solitário” (pessoas que suprimem emoções e interpretam negativamente os eventos) era 16 vezes superior à registrada no grupo tipo “emocional”




“Não sou coitadinha”

Lídia Stodulski, 39 anos, diz saber o momento em que nasceu o câncer que enfrenta.

- Foi há três anos, quando descobri que minha mãe estava com esclerose múltipla. A notícia me deprimiu. Chorava muito. Tenho certeza de que isso me prejudicou.

O tumor na mama esquerda de Lídia apareceu em março, quase ao mesmo tempo das metástases de um antigo câncer de pele. Ela se submeteu a cirurgias e faz tratamento quimioterápico. O apoio psico-oncológico oferecido no Hospital de Clínicas a afastou da depressão.

- Eu me sinto combatendo a doença e não fico triste. Quando raspei o cabelo, a cabeleireira me chamou de coitadinha. Respondi que não era coitadinha. Estou super bem e tenho certeza de que isso vai fazer diferença. Já disse para minhas filhas que não vou morrer.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O livre-arbítrio não existe

A ciência comprova: você é escravo do seu cérebro

por Texto Salvador Nogueira (SUPERINTERESSANTE - Edição 256)

Você se interessou pelo tema desta reportagem e, por isso, resolveu dar uma lida. Certo? Errado! Muito antes de você tomar essa decisão, a sua mente já havia resolvido tudo sozinha – e sem lhe avisar. Uma experiência feita no Centro Bernstein de Neurociência Computacional, em Berlim, colocou em xeque o que costumamos chamar de livre-arbítrio: a capacidade que o homem tem de tomar decisões por conta própria. As escolhas que fazemos na vida são mesmo nossas. Mas não são conscientes. Voluntários foram colocados em frente a uma tela na qual era exibida uma seqüência aleatória de letras. Eles deveriam escolher uma letra e apertar um botão quando ela aparecesse. Simples, não? Acontece que, monitorando o cérebro dos voluntários via ressonância magnética, os cientistas chegaram a uma descoberta impressionante. Dez segundos antes de os voluntários resolverem apertar o botão, sinais elétricos correspondentes a essa decisão apareciam nos córtices frontopolar e medial, as regiões do cérebro que controlam a tomada de decisões. “Nos casos em que as pessoas podem tomar decisões em seu próprio ritmo e tempo, o cérebro parece decidir antes da consciência”, afirma o cientista John Dylan-Haynes. Isso porque a consciência é apenas uma “parte” do cérebro – e, como a experiência provou, outros processos cerebrais que tomam decisões antes dela. Agora os cientistas querem aumentar a complexidade do teste, para saber se, em situações mais complexas, o cérebro também manda nas pessoas. “Não se sabe em que grau isso se mantém para todos os tipos de escolha e de ação”, diz Haynes. “Ainda temos muito mais pesquisas para fazer.” Se o cérebro deles deixar, é claro.

A pessoa decide

O voluntário precisa tomar uma decisão bem simples: escolher uma letra. Enquanto ele faz isso, seu cérebro é monitorado pelos cientistas

1. Observa a tela...

O voluntário olha para uma seqüência de letras, que vai passando em ordem aleatória numa tela e muda a cada meio segundo.

2. Escolhe uma letra...

Na mesa, existem dois botões: um do lado esquerdo e outro do lado direito. O voluntário deve escolher uma letra – e, quando ela passar na tela, apertar um desses dois botões.

3. E aperta o botão.

Pronto. A experiência terminou. O voluntário diz aos pesquisadores qual foi a letra que escolheu e em que momento tomou a decisão.

Mas o cérebro já resolveu

Bem antes de a pessoa apertar o botão, ele toma as decisões sozinho

10 segundos antes

Os córtices medial e frontopolar, que controlam a tomada de decisões, já estão acesos – isso indica que o cérebro está escolhendo a letra.

5 segundos antes

Os córtices motores, que controlam os movimentos do corpo, estão ativos. Olhando a atividade deles, é possível prever se a pessoa vai apertar o botão direito ou o esquerdo.

E já é possível prever pensamentos

Além de provar que o livre-arbítrio não existe, a neurociência acaba de fazer outro enorme avanço: pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, nos EUA, construíram um computador capaz de ler pensamentos. Ou quase isso. Cada voluntário recebeu uma lista de palavras sobre as quais deveria pensar. Enquanto ele fazia isso, um computador analisava sua atividade cerebral (por meio de um aparelho de ressonância magnética). O software aprendeu a associar os termos aos padrões de atividade cerebral – e, depois de algum tempo, conseguia adivinhar em quais palavras as pessoas estavam pensando. O sistema ainda tem uma grande limitação – ele só consegue ler a mente de uma pessoa se ela estiver totalmente concentrada. O que nem sempre é fácil. “Às vezes, no meio da experiência, o estômago de um voluntário roncava, ele pensava ‘estou com fome’”, e isso embaralhava o computador, conta o cientista americano Tom Mitchell, responsável pelo estudo.

Anthony Robbins

Seminário de Anthony Robbins legendado em português: