"Dizem que a motivação não dura. Bem, o banho também não. Por isso ele é recomendado com freqüência." (Zig Ziglar)

terça-feira, 9 de março de 2010

Transforme seu Cérebro em uma Máquina de Prazer

Lembro de ter lido alguns anos atrás um artigo sobre psicologia no qual os psicólogos prescreviam para os seus pacientes com depressão que eles deveriam passar vinte minutos por dia olhando para cima e sorrindo. Eu achei o artigo fascinante. Naturalmente, desde o meu treinamento em Programação Neurolinguística - PNL, eu entendi a estrutura que estava por trás desta mudança. Pela mudança da sua fisiologia e de seus acessos oculares, o modo habitual de como os clientes pensam e sentem são interrompidos, e eles se sentiam e se comportavam de modo diferente. Mas, hoje, eu venho pensando mais sobre a parte "habitual". Como alguém se sente "habitualmente" de um modo particular ? Se estes pacientes podem se sentir habitualmente deprimidos, por que não é possível se sentirem habitualmente maravilhosos ? Eu comecei a pensar sobre como eu podia usar as habilidades que tenho para construir este hábito. A resposta óbvia é a mesma. Posicione seu corpo como se você se sentisse maravilhoso, acesse memórias maravilhosas e você se sentirá maravilhoso na maior parte do tempo. Mas como fazer disto um hábito? Neste artigo, eu gostaria de oferecer algumas estratégias para usar os caminhos naturais em que os pensamentos são acessados para que se sentir bem seja um hábito.

ASSOCIAÇÃO LÓGICA
Para entender o pensamento habitual, nós necessitamos conhecer um pouco sobre como os pensamentos estão conectados na nossa mente. Um método é o da associação lógica. Você vê o seu carro na rua e lembra de que você precisa colocar gasolina. Você visualiza o posto de gasolina, lembra da rua em que ele está, e pensa na lavanderia que existe nesta rua, o que o faz recordar que o seu terno cinza precisa ser lavado. Pensando no terno, isto o leva de volta ao último seminário que você deu com esta roupa, o que traz a sua memória a linda morena sentada na segunda fila. E por aí vai. Cada pensamento está ligado ao outro por um elemento comum que eles partilham; algo como pegar um acesso para ir de uma estrada para outra. Se você notar que está usando a mesma estrada mental de novo e de novo, faça uso deste fato. Ancore um estado de sentimento positivo para qualquer associação utilizada freqüentemente, e você terá um caminho automático para ter sentimentos mais prazeirosos (como aquele que você teve pensando sobre a morena) aparecendo habitualmente na sua consciência.

PESQUISA TRANSDERIVACIONAL
Outro caminho no qual os pensamentos estão conectados é pelo tônus da sensação (FEELING TONE). Ao invés de alguns elementos comuns do mesmo pensamento, estas memórias partilham do mesmo sentido de sensação(FELT SENSE). Tad James refere-se ao tônus da sensação (FEELING TONE) como o fio que mantém as pérolas juntas num colar. As pérolas não tem associação lógica ou indispensável, mas o fio une objetos que não possuem relação entre si para formar uma jóia completa. Meu amigo Jim Munoa, vai mais adiante, ao afirmar que nós fomos culturalmente ensinados a manter ligados os maus pensamentos ("Vai para o teu quarto e pensa sobre o que você fez de errado." "Eu quero que você fique de pé no canto até que você possa me dizer o que você fez para levar este castigo." "Eu não acabei de falar que não era para mexer nisto? Quantas vezes eu vou ter que repetir isto?"), enquanto que nós não fomos ensinados a manter juntos os bons pensamentos ("Não seja vaidoso." "Não é educado gabar-se." "O que você fez por mim ultimamente?"). Parece que nós devemos aprender com os nossos erros e ignorar (ou ao menos reduzir) nossas vitórias. Um método que Jim ensina para contrariar este hábito cultural é usar a Pesquisa Transderivacional ou Guiada, ensinada em muitos cursos de practitioner. Peça ao seu parceiro para selecionar um bom sentimento. Pergunte a ele quando foi a última vez que ele se sentiu desta forma. Quando você enxergar que ele atingiu a plenitude do sentimento, ancore-o cinestesicamente. Então peça ao inconsciente dele que use este sentimento ancorado como um guia, e relembre uma outra vez em que ele se sentiu deste modo. Então outra vez. E depois mais uma outra vez. Quando ele conseguir outra recordação, peça ao inconsciente dele que "mantenha juntas todas estas recordações". Como elas já estão ligadas pelo tônus da sensação (FEELING TONE), ao se recordar de qualquer memória desta cadeia irá trazer junto todas as outras recordações, criando uma cadeia de boas associações. Você consegue diversos sentimentos prazeirosos pelo preço de um !

ENSINANDO SEU CÉREBRO A ESCOLHER O PRAZER
Em treinamento de practitioners, nos ensinaram uma única âncora. Comportamentalistas nos dizem que usando um gatilho que é muito comum irá nos levar à extinção da resposta (tradução - irá parar de funcionar). Mas eu achei um uso para este fenômeno. Construa um Círculo de Excelência usando algum bom sentimento (eu chamarei isso de prazer X). Compasse isto no futuro com um evento bem comum (por exemplo ligar a luz do seu quarto). Você sentirá o prazer X algumas vezes, mas em seguida a âncora irá diminuir, tendendo a zero. Construa um Círculo de Excelência diferente (desta vez para o prazer Y), e de novo, compasse para o mesmo evento (a tomada da luz). Faça isso seqüencialmente com um número de sentimentos prazeirosos. Depois de um certo tempo, aquela tomada de luz terá uma história emocional. Certas vezes você liga a luz e não vai sentir nada, algumas vezes sentirá prazer X, algumas vezes Y, e algumas vezes prazer Z. Algumas vezes os sentimentos serão intensos, outras vezes não. Logo o seu cérebro começa a antecipar o bom sentimento (comportamentalistas chamam isto de reforço randômico). Faça isto com um diferente número de estados de prazer e um diferente número de gatilhos, e seu cérebro irá começar a se surpreender, "Será esta a ação que me traz prazer ?" (Nota: comportamentalistas nos alertam que qualquer ação reforçada randomicamente, tenderá a ser repetida mais seguido, portanto não use comida ou ligar a TV como gatilho a não ser que você queira comer mais ou ver mais TV).

CONSTRUA UM HÁBITO ALEGRE
Como faziam aqueles médicos de antigamente, deixe-me escrever-lhe uma prescrição. Tire um tempo, construa algumas conexões prazeirosas e lógicas, mantenha juntos os estados prazeirosos à partir de uma pesquisa guiada, aprofunde alguns bons sentimentos com o alinhamento dos níveis lógicos intensifique seu prazer transformando seu vocabulário, adicione algum meta-modelo prazeiroso, amarre todos juntos com a graduação analógica, e dê a fornada toda para o cérebro que procura por prazer. Naturalmente, você pode se deparar com algum trabalho corretivo que precisa ser realizado. Alguma parte de você ainda pode não sentir que você merece todo este prazer, ou você pode ter crenças limitantes sobre prazer. Mude estes limites e encarregue esta parte de dar-lhe todo o prazer que você pode suportar. E, depois, sinta-se orgulhoso de você mesmo, sinta-se grato aos seus professores, sinta-se agradecido por estar vivo, e deixe a cura ser apenas o primeiro passo para o prazer.

Fonte: Pesquisa em texto do Master Practitioner de PNL, Al Konigsfeld - California, publicado na Anchor Point de September/97 e repassado para a INTRASEC pela SUDEPE/DIPES/CDP- Programa Saúde Ocupacional

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